De fato, “o futuro não é mais como era antigamente”, como cantou a Legião Urbana. Nossos horizontes temporais estão sendo radicalmente transformados pelo frenesi contemporâneo que nos espreme entre o último tuíte e o próximo deadline: neste mundo imediatista, repleto de presenças evanescentes e famas que duram 15 segundos no Insta ou no TikTok, a
Publicado em: 29/04/22Por Eduardo Carli de Moraes RESUMO: Neste trabalho na área da filosofia da educação, exploramos a inconclusão como fenômeno que se encontra na raiz da educação, apontando pontes possíveis entre as concepções de Freire e Vygotsky sobre infância, desenvolvimento,...
Publicado em: 12/10/23CAPÍTULO 3 DE “TEMPO: COMPOSITOR DE DESTINOS” Por Eduardo Carli de Moraes LEIA O CAP. 1 – Morando nas mandíbulas do crocodilo LEIA O CAP. 2 – Um urubu pousou em minha sorte Pintura de abertura: J. William Waterhouse...
Publicado em: 20/08/22Por Eduardo Carli de Moraes Artigo apresentado como trabalho final na disciplina “Percepção, tempo e memória: um estudo sobre o pensamento demonstrativo”, dos professores Marcos Rosa (UERJ) e Guilherme Ghisoni da Silva (UFG), Semestre 2021.2, no Doutorado em Filosofia...
Publicado em: 04/06/22ZEN AND THE ART OF MOTORCYCLE MAINTENANCE – AN INQUIRY INTO VALUES Robert M. Pirsig (1974) (Ed. Harper Torch Philosophy, New York, 1999, 540 pgs.) Os tensos e intensos anos 1960 já haviam passado mas ainda eram visíveis no espelho retrovisor quando Robert M. Pirsig publicou Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas em 1974.
Publicado em: 10/12/13PRELÚDIO “Everything that lives Lives not alone Nor for itself.” WILLIAM BLAKE A vida, este fruto da terra e este mistério da energia, é marcada pela radical impermanência. Estas energias que cada um de nós sente pulsando e fluindo em seu corpo, estas energias que circulam serelepes pelo cosmos, ninguém delas é dono. Qualquer eu
Publicado em: 18/09/13DIONISO EM TEBASPor Jean-Pierre Vernant (1914-2007) No panteão grego, Dioniso é um deus à parte. É um deus errante, vagabundo, um deus de lugar nenhum e de todo lugar. Ao mesmo tempo, exige ser plenamente reconhecido ali onde está de passagem, ocupar seu lugar, sua preeminência, e sobretudo assegurar-se de seu culto em Tebas, pois
Publicado em: 10/09/13“É certo que não havia bruxas, mas as terríveis consequências da fé nas bruxas foram as mesmas que se verificariam se tivesse havido bruxas…” FRIEDRICH NIETZSCHE (1844-1900) Humano, Demasiado Humano – Um Livro Para Espíritos Livres, Vol. II I. “A CARNE É IMPURA!” – RETRATO DA NEUROSE PURITANA E SEUS MALEFÍCIOS Quanto mais nos informamos sobre
Publicado em: 08/09/13“Imagine-se um certo número de homens acorrentados e todos condenados à morte. Todos os dias, alguns deles são degolados à vista dos outros, e os que restam vêem a sua própria condição e a de seus companheiros, e, olhando-se uns aos outros com angústia e desespero, aguardam a sua vez. Essa é a imagem da
Publicado em: 15/12/12Os Trabalhos da Eternidade O que mais me espanta neles, os trabalhos da eternidade, é que eles prosseguem na ativa, mesmo depois da labuta de incontáveis milênios. É como se o tempo, o incansável, jamais se fatigasse de passar. Passa o tempo, e passa o tempo, e passa mais um pouquinho e mais um poucão,
Publicado em: 26/11/12ANDRÉ COMTE-SPONVILLE “O CAPITALISMO É MORAL?” ED. MARTINS FONTES “Faço parte da chamada Geração 68, e se isso não me dá nem orgulho nem vergonha, guardo desse pertencimento algumas das minhas mais belas lembranças. A moda, naqueles anos, era o imoralismo, a libertação geral e irrestrita. Os mais filosóficos dentre nós reivindicavam Nietzsche: queríamos
Publicado em: 10/07/12Spinoza (1632-1677), vivente-vidente, polidor de lentes, advogado das alegrias dos entes, entusiasta de tudo que nos liberta das correntes, as de ferro e as da mente! Spinoza foi “o mais puro dos sábios”, segundo Nietzsche, que não tinha o costume da adulação incontida e injustificada – deve ter sentido, pois, que Spinoza de fato merecia tão
Publicado em: 25/06/12TRATADO DO LOBO DA ESTEPE Herman Hesse (ENTRADA PARA RAROS) “A divisão em lobo e homem, em impulso e espírito, mediante a qual Harry Haller procura explicar seu destino, é uma grosseira simplificação, uma violentação do real em favor de uma explicação plausível porém errônea da desarmonia que este homem encontra em si e que
Publicado em: 03/04/12Este é talvez o livro mais triunfalista e exultante de Nietzsche, mais cheio de uma saúde anunciada com trombetas e rodopios de dança! É talvez o mais solar, o mais primaveril, o mais “leve” dos livros nietzschianos. “Escrito na língua de um vento de degelo”, A Gaia Ciência representa, segundo o próprio Nietzsche, uma “vitória
Publicado em: 29/03/12A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia