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A denúncia de Diderot: o convento-claustro como máquina de moer mulheres em “A Religiosa”

“Peço para ser livre pois o sacrifício de minha liberdade não foi voluntário.” Suzanne, em A Religiosa de Diderot Luminar do movimento Iluminista e um dos principais propulsionadores da Enciclopédia, Denis Diderot (1713-1784) também foi um romancista que utilizou a literatura como campo de denúncia. Entre seus alvos principais estavam as...

Publicado em: 15/12/21

A vida como “involuntária passagem pela terra de um filho do caos” – Pirandello e “A Excluída”

Luigi Pirandello nasceu na Sicília, em 1867, numa província chamada Caos. Brincando com este fato biográfico, o escritor italiano, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1934, diria de sua vida que ela foi  “a involuntária passagem pela terra de um filho do caos.”  Esta noção também se expressa...

Publicado em: 23/11/21

“A Brincadeira”, romance de estréia de Milan Kundera – Crítica por Eduardo Carli em A Casa de Vidro

A Brincadeira é o livro de estréia do escritor tcheco Milan Kundera, escrito em 1965 e adaptado para o cinema em 1969 pelo cineasta Jaromil Jireš. Trata-se de um romance em 7 partes que utiliza 4 diferentes narradores em primeira pessoa (uma técnica sofisticada de variação de perspectivas também utilizada com...

Publicado em: 23/11/21

A POESIA ENCARNADA: Uma homenagem a Patti Smith, uma Rimbaud de saias poetizando o rock’n’roll | Por Eduardo Carli em A Casa de Vidro

Vocês conhecem a controvérsia: ainda tem muito roqueiro tosco que delira pensando que seu estilo musical predileto foi criado por um cara pálida chamado Elvis Presley. Quem tem mais senso histórico e mais noção da quantidade de bullshit propagada pela branquitude, e que está envolvida na “Elvização” da gênese...

Publicado em: 06/09/21

LEGADOS INCENDIADOS: Glauber Rocha, a Cinemateca em Chamas e a Amnésia do Brasil

Que futuro pode ter uma nação amnésica? A questão é pertinente diante da Cinemateca em Chamas, do expurgo de livros na Fundação Palmares ou da transformação em cinzas do Museu Nacional (RJ). Já vamos nos acostumando à expressão “tragédia anunciada” diante de um cortejo infindável de desastres para o...

Publicado em: 19/08/21

ARTEIROS DO MUNDO, UNI-VOS! Sobre a tese “todas as escolas deveriam ser escolas-de-arte”

É curioso: na gíria brasileira, em especial no seio da “família tradicional”, muitas vezes levanta-se o chinelo ou a cinta para espancar um fedelho desobediente com o argumento: “ele estava fazendo arte!” Ou seja, artista é algo que você é acusado de ser, o arteiro é aquele que está sendo denunciado por alguma...

Publicado em: 10/08/21

MARCEL PROUST: A leitura como solidão povoada – Sobre biblioterapia e a escritura como privilégio

“A leitura de todos os bons livros é como uma conversa com as pessoas mais virtuosas dos séculos passados que foram seus autores.” René Descartes (1596 – 1650) A sabedoria, esta esquiva meta que os filósofos perseguem em suas errâncias pela vida, seria possível sem a leitura? Na famosa...

Publicado em: 25/06/21

“A Revolução das Plantas”, de Stefano Mancuso – Crítica por André Baleeiro

Se nossa sociedade tivesse se baseado nas plantas para a construção de suas estruturas e instituições o mundo seria bastante diferente. Essa é a hipótese que Stefano Mancuso defende em seu livro “Revolução das Plantas”, publicado pela Ubu Editora em 2019. Você já percebeu que somos defrontados constantemente com...

Publicado em: 29/01/21

ANTÍDOTOS CONTRA O MAL DE ALZHEIMER NACIONAL – Sobre o livro “K. – Relato de Uma Busca” de B. Kucinski

Logo no primeiro capítulo de “K. – Relato de Uma Busca” (Cia das Letras, 2016, 176 pgs), Kucinski evoca o espectro de um certo “mal de Alzheimer nacional”. Os brasileiros estariam doentes de esquecimento, teriam fracassado na tarefa coletiva de extrair aprendizado e sabedoria a partir de nosso pretérito imperfeito (e...

Publicado em: 01/08/20

AS REVOLUÇÕES SÃO INFINITAS – As lições da obra prima da ficção científica distópica, “Nós” de Zamiátin (URSS, 1920s)

Escrito na Rússia pós-Revolução Bolchevique, no início dos anos 1920, quando a nação estava em plena Guerra Civil, o livro Nós de Zamiátin (Ed. Aleph, 2017, 344pgs.) já teria entrado para a história da literatura distópica do século XX somente por esta façanha: inspirar a criação de duas das obras mais significativas...

Publicado em: 19/06/20

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