“If there is any hope for the world at all, it does not live in climate-change conference rooms or in cities with tall buildings. It lives low down on the ground, with its arms around the people who go to battle every day to protect their forests, their mountains and their rivers because they know that the forests, the mountains and the rivers protect them. The first step towards reimagining a world gone terribly wrong would be to stop the annihilation of those who have a different imagination—an imagination that is outside of capitalism as well as communism. An imagination which has an altogether different understanding of what constitutes happiness and fulfillment. To gain this philosophical space, it is necessary to concede some physical space for the survival of those who may look like the keepers of our past, but who may really be the guides to our future.”
—Arundhati Roy
* * * * *
Findou-se o Fórum Social Mundial 2015 na Tunísia. No ano que vem ele migra para Montreal, Québec (imaginem o quanto isso vai ser foda!). Minha vontade de participar desses “laboratórios de outros mundos possíveis” é imensa. Mas nunca tive a chance de comparecer a nenhum – fora o Forum social des peuples, que foi uma vivência intensa e inesquecível, em especial pela possibilidade de conhecer, trocar ideia e marchar lado a lado por Ottawa com os ativistas do Idle No More, um dos movimentos sociais mais impressionantes da América do Norte hoje em dia.
Só imagino os calafrios na espinha e os afetos intensos que eu teria sentido se estivesse lá em Porto Alegre, no Fórum Social Mundial de 2003, quando a Arundhati Roy fez um discurso de arrepiar, brilhante em sua crítica dos males do mundo contemporâneo, e repleto de certas frases que já se tornaram verdadeiros emblemas do ativismo altermundialista mundo afora (“Another world is not only possible, she is on her way. On a quiet day, I can hear her breathing.”).
Desde que descobri a obra de Arundhati Roy em 2014, devorei todos os livros dela que encontrei pela frente. São todos profundamente excitantes e inteligentes, lindamente escritos e espetacularmente bem informados. Considero-a uma gênia. Alguém com um dom extraordinário, e que não se limita ao seu talento descomunal com a palavra, mas tem a ver com uma espécie de união harmônica entre o pensamento crítico mais lúcido, a sensibilidade empática mais intensa e a chama da indignação rebelde mais inflamada.
São poucos os livros nesta vida que a gente ama, mas nesta categoria eu coloco sem dúvida este que é com certeza um dos melhores romances das últimas décadas: “The God Of Small Things”.
Sentada à mesma mesa que Noam Chomsky, e diante do público brasileiro que se emocionava ruidosamente nas arquibancas, eis o que Arundhati Roy disse:
[youtube id=https://youtu.be/uu3t8Z-kavA]
* * * * *
BAIXE EBOOKS DE ARUNDHATI ROY:
Publicado em: 31/03/15
De autoria: casadevidro247
A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia
Samuel
Comentou em 07/07/16