“Nada é mais difícil do que não nos iludirmos a nós próprios.” (…) “Nunca será grande quem se engana a respeito de si próprio: se lançar poeira aos seus próprios olhos.” (…) “A verdade pode apenas ser exposta por alguém que se sinta relativamente a ela como em sua casa; não por alguém que ainda vive na falsidade e passa desta à verdade apenas numa ocasião.” (…) “Continua-se a esquecer a necessidade de ir direto aos fundamentos. Não se põem os pontos de interrogação bem no fundo.” (…) “Será revolucionário quem a si próprio conseguir revolucionar-se.” 1 LUDWIG WITTGENSTEIN
Em 1993, o British Film Institute produziu o filme Wittgenstein, dirigido por Derek Jarman e escrito por este em colaboração com Ken Butler e Terry Eagleton. Nesta ousada obra cinematográfica somos apresentados a um pensador irrequieto, irascível e indagador que expressa seu “espanto” frente a grandes “mistérios” filosóficos: “por que existe alguma coisa ao invés de nada?” ou “sei que o mundo existe, mas o seu sentido é problemático…”.
A vida do pensador austríaco Ludwid Wittgenstein (1899-1951), nascido em Viena em 1899 (no mesmo ano que seu conterrâneo Adolf Hitler), é exposta para o espectador em vários episódios-chave, desde sua infância repleta de aulas de piano e preceptores tagarelas, quando já era considerado um “garoto prodígio” e excêntrico (que inclusive conversa com marcianos...). O filme acaba passando também por episódios “anedóticos” de seu percurso biográfico, como sua tentativa fracassada de entrar na União Soviética, onde queria trabalhar como operário para conhecer de primeira mão a realidade social no país da revolução bolchevique.
Que a vida e o pensamento de Wittgenstein tenha invadido também o cinema (caso raro de se ver, já que além dos quatro filmes de Rosselini sobre Sócrates, Descartes, Pascal e Agostinho existem pouquíssimas cine-biografias notáveis sobre os grandes pensadores) é um bom indicativo da profunda influência que ele exerceu no século 20 em áreas como a filosofia da linguagem, a lógica, a matemática e (por que não?) a metafísica (ou a crítica à ela…).
Tal impacto aponta para a amplidão das reflexões deste pensador que, além de ter discutido e problematizado importantes teorias de seu tempo (como as de Russell, Frege, Frazer, Carnap, Freud, Darwin, dentre outros), trouxe um sopro de originalidade e frescor para a filosofia contemporânea.
Tanto que Wittgenstein é usualmente tido hoje como um dos mais influentes pensadores do século passado, tendo influenciado fortemente o positivismo lógico com o Tractatus Logico-Philosophicus (1923), obra esta que o próprio Wittgenstein depois criticaria, numa tentativa de sanar seus equívocos e salvar do naufrágio tudo aquilo que, em sua obra de juventude, estava ameaçado de ir a pique – o que gerou a também clássica obra Investigações Filosóficas (1953), também de ampla repercussão e influência.
Quais são as peculiariadades do pensamento de Wittgenstein que explicam o profundo impacto de sua obra no século XX? Talvez uma das melhores vias para tentar responder a isto seja partindo da dedicação minuciosa que ele votou à reflexão sobre a linguagem. A importância e a influência do autor do Tractatus na história da filosofia contemporânea talvez se deva em larga medida à sua sugestão de que grande parte dos problemas filosóficos milenares, que tem sido debatidos há séculos, “são resolvidos por um exame do funcionamento de nossa linguagem” (I.F., #109). É o que ele expressa num célebre trecho:
“Most of the propositions and questions to be found in philosophical works are not false but nonsensical. Consequently we cannot give any answer to questions of this kind, but can only point out that they are nonsensical. Most of the propositions and questions of philosophers arise from our failure to understand the logic of our language. (…) And it is not surprising that the deepest problems are in fact not problems at all.” (T.L.F., 4.003).2
Sua obra intenta ser “uma luta contra o enfeitiçamento de nosso intelecto pelos meios de nossa linguagem” (I.F., #109), de modo a evitar que saiamos “à caça de quimeras” (I.F., #94). Àqueles que porventura o acusem de estar “demolindo” veneráveis preconceitos com sua reflexão cuidadosa e questionadora sobre o funcionamento real da linguagem humana, Wittgenstein se defende dizendo: “o que destruímos não passa de castelos no ar, e pomos a descoberto o fundamento da linguagem sobre o qual estavam.” (I.F., #118)
“Um modo de falar inadequado é um meio seguro de se ficar preso na confusão”, escreve o filósofo. “Ele tranca, por assim dizer, a saída dela” (I.F., #149). Suas reflexões, pois, intentam “varrer” porta afora todos os pseudo-”problemas filosóficos” que decorrem de uma má compreensão sobre o funcionamento da linguagem. O próprio Wittgenstein, quando se coloca a questão “Qual é o seu objetivo na filosofia?”, responde: “Mostrar à mosca a saída do apanha-moscas” (I.F., #309).
No longo período que decorre entre o Tractatus e a publicação póstuma das Investigações, nota-se que o filósofo prosseguiu “engajado numa peleja com a linguagem, examinando-a em sua diversidade para discernir seus infindáveis jogos e disfarces”3 (para usar as palavras de Bruce Duffy, autor do romance A Guerra de Wittgenstein, inspirado no percurso biográfico e intelectual do pensador vienense).
É neste período que começa a germinar uma transformação em relação a certas teses do Tractatus. Em sua primeira obra, onde estão presentes os célebres enunciados “os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo” (5.5571) e “o que não podemos pensar também não podemos dizer” (5.61), Wittgenstein sugeria que as proposições são “descrições de estados de coisas” (pictures of states of affairs): “A proposition is a picture of reality: for if I understand a proposition, I know the situation it represents” (T.L.F., 4.021).
Portanto, a verificação da verdade de uma proposição se daria por uma “comparação com a realidade”, por assim dizer, de modo que uma proposição verdadeira seria aquela em que haveria um certo “espelhamento” entre a concatenação das palavras e a concatenação das “coisas no mundo”. Parte-se da noção de que aquilo que pode ser unido na linguagem pode ser unido no mundo. Seria “sem sentido” uma proposição que tentasse unir “no reino da gramática” aquilo que é impossível unir no “reino ontológico”. “If an elementary proposition is true, the state of affairs exists” (T.L.F., 4.25).
Em suas Lectures em Cambridge, nos anos 1930, Wittgenstein passa a frisar a idéia de que nenhuma palavra significa “sozinha”, mas só quando faz parte de um “sistema” (noção precursora das reflexões sobre os “jogos de linguagem” presentes nas Investigações). Como frisa Moore,
“though a word carried its meaning with it, it did not carry with it the grammatical rules which applied to it.” (…) “In order that a word or other sign should have meaning, it must belong to a ‘system’…”4
Uma palavra qualquer, pois, não possui um significado somente por ter-se estabelecido convencionalmente um vínculo entre uma série de fonemas e um certo objeto no mundo; mas também por estar incluída num sistema linguístico, num idioma, estando em processo de inter-relação com outras palavras e com regras gramaticais para seu emprego e combinação. Não existe um sentido que seria independente de seu uso nos infindáveis jogos de linguagem utilizados nas mais diversas situações da interação humana, de modo que a proposição passa a ser vista mais como um “rainbow of meanings” (um arco-íris de sentidos)5 do que como algo com um único e inequívoco significado.
Outra das idéias que Wittgentein parece frisar neste período de transição é a noção de uma disjunção entre o verdadeiro, de um lado, e o gramaticalmente correto, de outro. Em outras palavras: uma proposição não é necessariamente “verdadeira” somente pelo fato de estar escrita de acordo com as regras gramaticais e sintáticas vigentes no idioma em questão, ou seja, só pelo fato de “fazer sentido”. É o que G. E. Moore destaca:
“From the fact that you are using language correctly, in the sense of ‘in accordance with an established rule’, it by no means follows that what you assert, by this correct use of language, is ‘correct’ in the very different sense in which ‘That is correct’ = ‘That is true’…”.6 Deste modo, a compreensão do enunciado é anterior à determinação de sua verdade ou falsidade. E o “fazer sentido” é independente do “ser verdade”.
O que parece ter acontecido também nas três décadas de reflexão que se seguiram à publicação do Tractatus, e cujos resultados estão expostos nas Investigações Filosóficas, é um gradual “despertar” do filósofo para a consciência da linguagem como um fenômeno cultural humano, essencialmente coletivo, inexplicável nos termos de um “sujeito solipsista”.
O leitor das Lectures de Cambridge e das Investigações logo se depara com uma perspectiva sobre a linguagem que centra o foco na interação social, nos vários tipos de “jogos linguísticos” possíveis, o que conduzirá à noção de que “there is no private meaning”7. E são várias as imagens e metáforas que Wittgenstein utiliza então para comunicar seus pensamentos sobre a linguagem: compara esta a um jogo de xadrez ou uma caixa de ferramentas, por exemplo.
Como no jogo de xadrez, na linguagem também existem “lances” lícitos e proibidos e peças com diferentes funções. Do mesmo modo que o peão não pode se movimentar como um bispo ou um cavalo, um substantivo não pode operar do mesmo modo que um pronome ou um verbo. Donde a idéia de que a linguagem seria uma imensa caixa de ferramentas (contendo martelos, alicates, pregos etc.), cada uma dela com uma diferente função prática.
Um certo “pragmatismo”, pois, parece ganhar um estatuto mais respeitável neste 2º Wittgenstein em comparação àquele do Tractatus, já que este não frisava o fato da linguagem humana sempre operar dentro de uma comunidade específica, com a utilização de um idioma que possui um devir histórico, entre pessoas que na maior parte das vezes comunicam-se tendo em vista certos fins práticos.
“Podemos ver nossa linguagem como uma velha cidade: uma rede de ruelas e praças, casas velhas e novas, e casas com remendos de épocas diferentes; e isto tudo circundado por uma grande quantidade de novos bairros, com ruas retas e regulares e com casas uniformes”, escreve no #18 das Investigações.
E mais: assim como os idiomas possuem um devir histórico, sendo pois comparáveis a “velhas cidades” onde palavras idosas convivem com termos recém-inventados e conceitos que acabaram de entrar em circulação, também os jogos linguísticos possuem uma imensa variedade e nada tem de fórmulas fixas eternas. Há “inúmeras espécies diferentes de emprego do que denominamos ‘signos’, ‘palavras’, ‘frases’. E essa variedade não é algo fixo, dado de uma vez por todas; mas, podemos dizer, novos tipos de linguagem, novos jogos de linguagem surgem, outros envelhecem e são esquecidos.” (I.F., #23)
De modo que o significado, na obra madura de Wittgenstein, ao invés de ser um mero objeto designado por uma palavra, passa a depender de seu emprego na vida prática/social. A mesma palavra — tal como “laje” — pode ter sentidos distintos de acordo com a situação em que ela se emprega: pode ser uma ordem que um pedreiro dá a seu servente para que lhe traga um certo objeto (no caso, representa uma demanda de ação, de transmissão no espaço da “coisa” solicitada); pode ser uma pergunta de um cliente para o vendedor da loja de materiais para construção (demanda de informação, p.ex. quanto à disponibilidade, preço, qualidade do produto); pode ser um “alerta” que uma pessoa grita para outra que está sob ameaça de bater a cabeça numa laje de um prédio já construído, dentre outras situações que se pode imaginar. Trata-se, em última análise, de uma nova ênfase que se dá ao conhecido processo de “entender pelo contexto”.
Trata-se de refutar a “ingênua” noção agostiniana sobre a linguagem, exposta sinteticamente na epígrafe das Investigações, que sugeria que o sentido de uma palavra é o objeto ao qual ela se refere (o que se poderia chamar de “teoria referencial do signo”): o sentido da palavra “casa” é o objeto “casa” — simples assim. Isto conduziria à noção de que “a palavra não tem significado algum quando nada lhe corresponde” (I.F., #40).
Ora, argumenta Wittgenstein, este procedimento instaura uma confusão entre “o significado de um nome e o portador do nome”. Além disso, podemos refletir que esta tese de Agostinho se esquece que um signo frequentemente está representando algo que está ausente, ou seja, remetendo a uma idéia abstrata e não a um objeto concreto. Num famoso quadro de René Magritte, uma figura de um cachimbo é acompanhada pela legenda: “Isto não é um cachimbo”, ou seja: o signo da coisa não é a coisa, mas a representação de uma ausência! O que o poeta Mallarmé soube bem sugerir quando disse que a palavra “flor” está “ausente de todos os buquês”8.
Nas Investigações, é frequente a noção de que os nomes são como etiquetas pregadas aos objetos. E nada na “natureza” de um objeto x exige que uma certa união de fonemas seja necessariamente sua expressão linguística mais adequada. Podemos pensar que esta relação só existe a título de exceção, no caso das palavras conhecidas como onomatopéias, em que o vocábulo tende a imitar o som produzido pelo objeto ao qual se refere: é o caso de “miau” ou “tic tac”. Mas, via de regra, os objetos no mundo adquirem denominações convencionais por um procedimento humano de batizado: “denominar é um ato psíquico notável, quase um batismo de um objeto” (I. F., #38).
Este vínculo simples entre palavra e coisa que Agostinho imaginava estar na essência da linguagem humana é pois problematizada por Wittgenstein, já que, em sua perspectiva, o modo de emprego da palavra em situações concretas específicas é que passa a definir seu sentido exato. Por isso Wittgenstein diz que em uma grande parte dos casos, “o significado de uma palavra é seu uso na linguagem” e “o significado de um nome se explica, muitas vezes, ao se apontar para o seu portador” (I.F., #43). Porém, tenhamos cautela para não considerar que o “portador” do nome o é por alguma qualidade intrínseca; não, ele é “portador de uma etiqueta”!
Já o argumento, debatido por Wittgenstein, de que “tem que ser indestrutível o que os nomes da linguagem designam”, soa como uma noção um tanto platônica, como se houvesse uma certa repulsa pela transitoriedade dos objetos do mundo fenomênico e se quisesse ver como “verdadeiras” somente as Idéias eternas, incorruptíveis, do Mundo Inteligível platônico.
Pode-se sustentar, por exemplo, que “um objeto vermelho pode ser destruído, mas não o vermelho; daí que o significado da palavra ‘vermelho’ é independente da existência de uma coisa vermelha’ (I.F., #57). Os objetos específicos pereceriam (maçãs e vestidos vermelhos), mas as idéias abstratas (maçã, vestido, vermelho…) subsistiriam, imortais. Platonismo da linguagem. É o que Wittgenstein denuncia como uma “asserção metafísica” que considera (erroneamente) as idéias abstratas vinculadas às palavras como “a-temporais” e “indestrutíveis”.
Ora, Wittgenstein adota uma outra perspectiva, que parece se chocar contra este platonismo (e doravante contra Santo Agostinho). Nas Investigações Filosóficas pode-se notar frequentemente um pensamento “histórico” e “empirista” a respeito da linguagem no qual as cores, por exemplo, ao invés de possuírem uma existência “em si e por si”, independentes de qualquer fenômeno sensível, existem por causa dos objetos que as portam; em outras palavras: só existe o vermelho porque “existe algo que tem esta cor” (#58).
Wittgenstein afirma ainda que coisas destrutíveis não perdem o “significado” de que são portadoras quando são destruídas. “Este homem de fato é, em certo sentido, o que corresponde ao nome. Mas é destrutível; e seu nome não perde o significado quando o portador é destruído.” (#55) É claro que não parece lógico dizer que a cor vermelha possa ser “rasgada ou triturada” (#57), o que sugeriria uma certa “eternidade” do vermelho em relação às coisas vermelhas particulares.
Mas Wittgenstein quase implora ao leitor, numa espécie de entusiástico arroubo empirista: “não se agarre à idéia de que podemos trazê-lo diante dos olhos, mesmo que não haja mais nada vermelho!” (#57) Como elucida também Comte-Sponville, “o sentido, é necessário insistir, não é o objeto. Ninguém, observa Wittgenstein, dirá ‘quebrei uma parte do sentido da palavra ladrilho’ (se quebrou um ladrilho), nem (se assentou cem) ‘assentei cem partes do sentido da palavra ladrilho hoje’…”.9
Dentre os tão variados questionamentos e reflexões que Wittgenstein realiza neste período em Cambridge, também se destacam seus pensamentos voltados a problematizar o solipsismo e o behaviorismo, como na reflexão a respeito da diferença da dor de dente quando é sentida “na primeira pessoa” e quando é “testemunhada” em outro. Segundo o relato de Moore, Wittgenstein sugeria, sobre esta questão:
“Solipsism is right if it merely says that ‘I have tooth-ache’ and ‘He has tooth-ache’ are ‘on quite a different level’, but that ‘if the Solipsist says that he has something which another hasn’t, he is absurd and is making the very mistake of putting the two statements on the same level’ ”10.
Em suma, nota-se neste período de transição entre o Wittgenstein do Tractatus e aquele das Investigações uma efervescência de questionamentos dos mais variados matizes, inclusive em questões de Ética, Estética, Religião e Filosofia, em que o pensador convida incessantemente seus interlocutores a botarem em questão os jogos de linguagem, questionando o funcionamento destes e sua relação com problemáticas filosóficas. Decerto que seu intuito de “varrer” para longe algumas armadilhas da filosofia causadas meramente por uma má compreensão da lógica de nossa linguagem foi bem-sucedida, apesar de Wittgenstein ter também levantado uma série de questões que prosseguem a nos causar espanto, deslumbramento e reflexão.
Como conclusão, passemos a palavra a ele em um momento em que demonstra confiança e otimismo nos férteis resultados que esperava que resultassem de tantas investigações: “Certa ocasião, eu disse, talvez acertadamente: a cultura primordial se tornará uma pilha de escombros e, finalmente, uma pilha de cinzas… mas o espírito vai pairar sobre as cinzas.”11
Por Eduardo Carli de Moraes para A Casa de Vidro
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1 – WITTGENSTEIN, Ludwig. Cultura e Valor. Editora 70: Portugal, 2000. Excertos.
2 – WITTGENSTEIN. Tractatus Logico-Philosophicus. 4.003. Barnes & Nobles World Digital Library.
3 – DUFFY, Bruce. A Guerra de Wittgenstein. Ediouro. Pg. 20.
4 – MOORE, G. E. Wittgenstein’s Lectures In 1930-33. in: Mind, A Quarterly Review of Psycohology and Philosophy. Vol. LXIII, January, 1954. Pg. 7.
5 – MOORE. Op cit. pg. 21.
6 – MOORE, G. E. Op cit. Pg. 308.
7 – JARMAN, Derek. Wittgenstein, o filme.
8 – MALLARMÉ. Crise de Vers, Pléiade, p. 368.
9 – COMTE-Sponville. O Mito de Ícaro. Tomo 2: Viver. Cap. II: Os Labirintos do Sentido. Martins Fontes. pg. 194.
10 – MOORE, op. Cit. Pg. 16.
11 – WITTGENSTEIN. Cultura e Valor, op cit.
Publicado em: 01/07/10
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
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