“No fundo, todo homem sabe muito bem que ele, como unicum (único), está no mundo apenas uma vez, e que nenhum acaso tão curioso misturará pela segunda vez, numa unidade como ele, tão admirável e colorida variedade.”
“Ninguém pode construir para ti a ponte sobre a qual precisamente tu tens de passar sobre o rio da vida, ninguém além de ti mesmo. Decerto que há inumeráveis atalhos e pontes e semideuses que te querem carregar através do rio; mas apenas ao preço de ti mesmo; tu te darias em penhor e te perderias. Há no mundo um único caminho que ninguém pode trilhar além de ti: para onde conduz ele? Não perguntes, prossegue. Um homem jamais se eleva mais alto do que quando não sabe para onde seu caminho ainda o pode conduzir.”
“O que, até agora, verdadeiramente amaste, o que atraiu tua alma, o que a dominou e ao mesmo tempo a felicitou? Coloca diante de ti a série desse venerados objetos, e talvez eles te proporcionem, por sua essência e sucessão, uma lei fundamental própria de ti mesmo. Compara esses objetos, vê como um complementa, alarga, sobrepuja, transfigura o outro, como eles formam uma escada, sobre a qual tu agora te elevaste para ti mesmo; pois tua verdadeira essência não jaz profundamente oculta em ti, mas imensamente acima de ti…”
F. NIETZSCHE (1844-1900)
Em “Schopenhauer como Educador”
(3ª Consideração Extemporânea)
Publicado em: 11/01/13
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
Faz algumas horas que estou pela blogosfera e não faço ideia de como cheguei aqui. Mas me agradou muito essa casa de vidro. Um abraço.
A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia
Giuliana Matiuzzi
Comentou em 12/01/13