Confissões de um vírus pós-moderno Gisele Toassa Meu nome é SARS-CoV-2, sobrenome coronavírus. Eu e meus parentes ganhamos essa alcunha por nos parecermos com lindas coroas, dotadas de majestosas pontas em estilo medieval. Não é para me gabar, mas, sob a luz do microscópio, somos garbosos como reis....
THE TRANSFORMATION OF SILENCE INTO LANGUAGE AND ACTION Audre Lorde I have come to believe over and over again that what is most important to me must be spoken, made verbal and shared, even at the risk of having it bruised or misunderstood. That the speaking profits me, beyond...
HILDA HILST (1930 – 2004) Por que me fiz poeta? Porque tu, morte, minha irmã, No instante, no centro de tudo o que vejo. Me fiz poeta Porque à minha volta Na humana idéia de um deus que não conheço A ti, morte, minha irmã, Te vejo. * *...
“Uma negra pode ser poeta?” Com esta questão, ofensiva e racista em si mesma, Eleni Varikas inicia em chave irônica seu livro “A Escória do Mundo – Figuras do Pária” (Editora Unesp, 2014), evocando os versos impactantes e profundos desta emblemática “mulher, escritora, negra, desenraizada”, trazida à força da...
AS VIDAS QUE QUASE NINGUÉM VÊ Como o jornalirismo de Eliane Brum visibiliza a diversidade humana e a unicidade dos destinos por Eduardo Carli de Moraes || A Casa de Vidro I. ENSAIO SOBRE A INVISIBILIDADE E SUA SUPERAÇÃO Eliane Brum devota-se a visibilizar os invisíveis. É uma professora...