Outra das excelentes razões que temos para reverenciar e cultuar o Carl Sagan — além dele nos ter legado uma série de TV supimpa (Cosmos), uma obra literária sci-fi muito interessante, transposta para o cinema por Zemeckis e Jodie Foster (Contato) e alguns impactantes livros de divulgação científica (como O Mundo Assombrado Pelos Demônios) — é que ele foi um notório maconheiro. Sagan elogiava abertamente os efeitos de expansão da consciência, refinamento da sensibilidade e dilatação temporal decorrentes do uso da cannabis e defendia, muito antes do Planet Hemp e da Marcha da Maconha, a descriminalização da erva. Abaixo, compartilho com todos vocês que tem simpatias pelo Lado Verde da Força alguns dos argumentos de Sagan em prol da maconha, baseados em suas próprias experiências positivas com a substância. Isso saiu num livro organizado por Lester Grinspoon em 1969: Marijuana Reconsidered.
“The cannabis experience has greatly improved my appreciation for art, a subject which I had never much appreciated before. The understanding of the intent of the artist which I can achieve when high sometimes carries over to when I’m down. This is one of many human frontiers which cannabis has helped me traverse.”
“A very similar improvement in my appreciation of music has occurred with cannabis. For the first time I have been able to hear the separate parts of a three-part harmony and the richness of the counterpoint. I have since discovered that professional musicians can quite easily keep many separate parts going simultaneously in their heads, but this was the first time for me. Again, the learning experience when high has at least to some extent carried over when I’m down. The enjoyment of food is amplified; tastes and aromas emerge that for some reason we ordinarily seem to be too busy to notice. I am able to give my full attention to the sensation. A potato will have a texture, a body, and taste like that of other potatoes, but much more so. Cannabis also enhances the enjoyment of sex – on the one hand it gives an exquisite sensitivity, but on the other hand it postpones orgasm: in part by distracting me with the profusion of image passing before my eyes. The actual duration of orgasm seems to lengthen greatly, but this may be the usual experience of time expansion which comes with cannabis smoking.”
“I do not consider myself a religious person in the usual sense, but there is a religious aspect to some highs. The heightened sensitivity in all areas gives me a feeling of communion with my surroundings, both animate and inanimate.”
“When I’m high I can penetrate into the past, recall childhood memories, friends, relatives, playthings, streets, smells, sounds, and tastes from a vanished era. I can reconstruct the actual occurrences in childhood events only half understood at the time. Many but not all my cannabis trips have somewhere in them a symbolism significant to me which I won’t attempt to describe here, a kind of mandala embossed on the high. Free-associating to this mandala, both visually and as plays on words, has produced a very rich array of insights.”
“The illegality of cannabis is outrageous, an impediment to full utilization of a drug which helps produce the serenity and insight, sensitivity and fellowship so desperately needed in this increasingly mad and dangerous world.”
Publicado em: 26/08/10
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
minha mãe sempre me diz pra tomar cuidado com a polícia federal. e ela não precisa saber que foi o post mais legal que li aqui na nova casa – não gosto de música. não gosto de filosofia. e só não jogo pedra porque nem telhado eu tenho mais. não vou dizer que gosto do edu porque fica meio gay -; maconha é muito bom e faz bem pra saúde.
tua mãe sabe das coisas, john; não brinca c’os hómi!
tua nova casa só tem o telhado do firmamento?
também a música entrou pro rol do que não presta?
música faz mais bem pra saúde que vitamina c,
ainda mais quando conjugada com herbáceas…
tô desatualizado das novidades, ô! me escreve…
A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia
john
Comentou em 17/09/10