Sábio é o que se contenta com o espectáculo do mundo, E ao beber nem recorda Que já bebeu na vida, Para quem tudo é novo E imarcescível sempre. Coroem-no pâmpanos, ou heras, ou rosas volúteis, Ele sabe que a vida Passa por ele e tanto Corta à flor como a ele De Átropos a tesoura. Mas ele sabe fazer que a cor do vinho esconda isto, Que o seu sabor orgíaco Apague o gosto às horas, Como a uma voz chorando O passar das bacantes. E ele espera, contente quase e bebedor tranquilo, RICARDO REIS |
Publicado em: 22/09/10
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
Gostei do imarcesível, darei um jeito de usá-la se me permite. Excelente blog. Já escrevi sobre as Moiras. Um abraço.
A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia
Silvânio Alvarenga
Comentou em 12/09/11