Vivemos tempos tão sinistros que precisamos reivindicar o óbvio: cada uma das vidas perdidas nesta pandemia não equivale a um número, era uma pessoa em carne viva, que teve seus sonhos e planos brutalmente interrompidos, e que agora alguns querem fazer sumir por detrás de uma estatística. Cada um deles e delas morreu contra a sua vontade, nenhum era um suicida: todos adoeceram e não puderam convalescer, todos perderam a contragosto o bem básico que fundamenta todos os outros bens e males, a vida.
O projeto Inumeráveis pretende ser um memorial para todas as pessoas que perderam suas vidas para a covid19 no Brasil e em seus posts do Instagram – um perfil com quase 100.000 seguidores – a mesma frase sempre encerra o meme: “não é um número”. E o meme carrega a responsa de uma tarefa impossível: a tentativa de síntese de um destino humano em apenas uma frase. Nomeia também o nome da vítima, apontando que, perdida a carnalidade da pessoa, resta ainda o vestígio do verbo, a resistência de uma narrativa, a insurgência da beleza contra a brutalidade de uma ideologia política – o Bolsonarismo – que nos desune e nos desumaniza.
Há uma questão que tem ecoado em minha mente, entoada por Renato Russo em “Fábrica”: “de onde vem a indiferença temperada a ferro e fogo?” O presifake, chefe supremo da “República das Milícias”, parece determinado a inaugurar a era da Indiferença Ostentação: diante da pilha de cadáveres inumeráveis que sua criminosa negligência e seu negacionismo genocida ajudou a produzir, pergunta com frieza de psicopata: “vão ficar chorando até quando?” Ele é o machão viril que manda parar de frescura e mimimi. É isto os que imbecis desumanizados chamam de “Mito”?
Indignados diante de tal conduta, não só indigna de um estadista mas que aponta para o grave quadro de retardo moral de Jair Bolsonaro, nós temos aderido ao costume um pouco mórbido de sacarmos – com uma certa justiça – o número dos mortos evitáveis causados pelo desgoverno. A imprensa tenta dar concretude à magnitude da tragédia e fala, por exemplo, em “3 Maracanãs lotados” de vidas ceifadas após 1 ano de pandemia no Brasil, como fez a BBC. Os números de infectados e de mortos não pára de crescer, assim como nossa necessidade de tentar manter viva a empatia e a solidariedade em um contexto onde o minúsculo e mitomaníaco “líder” neofascista desdenha do sofrimento humano e cospe sem dó sobre o luto de dezenas de milhares.
Se eu morrer, não me tratem como número – um desejo assim talvez pulse em cada um de nós. O mínimo que precisamos para estar morrendo minimamente consolados é saber que algo de nosso trajeto existencial será biografado, deixará rastros, será narrado e escapará do esquecimento completo. A brutalidade do Bolsonarismo consiste também em nos negar, em massa, o direito a uma boa morte. O projeto Inumeráveis é uma insurgência contra isto e atende à vontade humana, legítima e inextirpável, de que possamos escapar da putrefação da carne através do veículo da palavra animada pela memória alheia, pela lembrança dos que ficam e sobrevivem, nutrindo a chama da lembrança do que fomos, fazendo de nossa passagem passageira por este mundo algo que possa, mesmo que minimamente, ecoar.
A atitude de Jair Bolsonaro, tendo isto em mente, parece francamente desumana, e o digo literalmente – se é humano desejar que a morte seja “vestida” e “adornada” com tudo aquilo que possa atenuar sua inerente brutalidade, no caso do presifake fraudulento do Brasil há a ostentação do vício, a propagação deliberada de uma “indiferença temperada a ferro e fogo” – ele nem mesmo faz a tentativa de imitar a virtude. Jair Bolsonaro nem mesmo consegue ser hipócrita (“A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude”, dizia La Rochefoucauld) – diante de Brumadinhos e pandemias, não tem nem mesmo a dignidade fingida de homenagear os mortos com lágrimas de crocodilo.
Alguns o elogiam de “autêntico”, mas como elogiar isto quando a falta de empatia e a crueldade é que são assim autenticamente expressadas, sem nenhuma máscara? Este senhor cruel ainda tem a pachorra de se declarar cristão e de usar, para seu populismo barato, o slogan “Deus acima de todos”. Se cristianismo é isto, estaríamos de fato melhor, enquanto sociedade, se fôssemos todos ateus.
Os números, porém, são importantes num certo sentido e estão envolvidos numa reivindicação cívica que já está se tornando uma das principais tarefas históricas desta geração: a reativação da Comissão Nacional da Verdade e a revelação da verdade sobre a extensão da tragédia sanitária que hoje atravessamos. Sabemos que os números oficiais de óbitos, no Brasil, são tão fake quanto a suposta competência logística do General Pezadello, aquele “penetra” que hoje ocupa o Ministério da Saúde e é cúmplice da catástrofe que hoje vivenciamos e que tem no “Capitão Cloroquina” seu principal perpetrador.
O grau de subnotificação é tão obsceno, tão grotesco, que ficamos estarrecidos com a cara-de-pau de Bolsonaro: segundo a expressão de Vladimir Safatle, ele “se acha capaz de esconder os mortos”. “Esconder os mortos” era um dos esportes prediletos de muitos dos milicos chumbo-grosso que Bolsonaro idolatra e que perpetraram atrocidades pela América Latina no período sombrio de terrorismo de Estado: no Brasil, no Chile, na Argentina, no Uruguai, na Guatemala, dentre outros países do continente, a palavra desaparecidos políticos tem um sentido oculto muito assustador… trata-se de um eufemismo que esconde o fato de que os “desaparecidos” foram vítimas de crimes de assassinato seguido por ocultação de cadáveres. Rouba-se aos familiares o direito de enterrar o ente querido. Condenava-se os sobreviventes a nunca completarem a elaboração do luto.
Outro elemento desta equação sinistra: a doença moral de que Bolsonaro é o hospedeiro, e que contagia seus Bolsocrentes a ponto de gerar uma pandemia de retardo moral, tem tudo a ver com aquilo que Rebecca Solnit chama de “Masculinistão”.
Bolsonaro e os de sua seita consideram-se machos pra cacete, ao estilo de Rambos durões, quando demonstram indiferença pela morte em massa, quando ostentam apatia diante do sofrimento alheio, quando dizem “e daí?” diante do luto de milhares que choram a perda de entes queridos. São hospedeiros do vírus da masculinidade tóxica. Pra eles, chorar é coisa de mulheres frágeis ou de veados afeminados.
Cada vez que abre a boca, Bolsonaro infecta o ambiente com sua macheza tóxica, dizendo a mulheres que algumas delas não merecem ser estupradas pois são muito feias, ou ensinando aos pais que um filho que toma muita porrada desde cedo não fica viadinho. Esta macheza tóxica é tanto pior quanto mais busca justificar-se com argumentos religiosos, como se o próprio Deus Pai pintudo fosse o instituidor originário de um status quo onde o princípio masculino deve tiranizar a sociedade – nisto Bolsonaro não difere muito da “lógica Taleban”:
“Os homens que tentaram assassinar Malala Yousafzai, de 14 anos, por falar sobre o direito das mulheres paquistanesas à educação, estão tentando silenciar e punir as mulheres por reivindicarem voz, poder e o direito de participar. Seja bem-vindo ao Masculinistão…” (SOLNIT, Cultrix, p. 46).
É legítimo perguntar se os assassinos de Marielle Franco, e também seus mandantes ainda impunes, não são também eles membros do clube que eu chamaria de Milicianato Masculinista. É verdade que a presunção de inocência é um dos mais básicos itens jurídicos em um Estado Democrático de Direito, e que não é justo acusar a família Bolsonaro deste crime apenas com convicções desprovidas de prova (como fez a Lava Jato na fraude de lawfare contra Lula, que feriu de morte a legitimidade das eleições de 2018). Mas os indícios são inúmeros de que o homicídio perpetrado contra Marielle só pôde acontecer devido a um mindset típico do Bolsonarismo, esta doentia ideologia que turbina as patologias masculinistas e armamentistas.
Com Trump e Bolsonaro entramos numa era bizarra que torna South Park um desenho animado realista, quase um documentário de nossos tempos históricos nos EUA e no Brasil neo-colonziado pelo Império Yankee: são presidentes trolladores com a idade mental de Eric Cartman. Ao invés de governar, twittam sadismos. Ao invés de proteger vidas através de políticas públicas sensatas, ostentam pica-grossa no Zapistão. Mas quando se trata de debate político ao vivo, sabemos que Bolsonaro se mostra o maior dos covardões.
Na campanha eleitoral de 2018, ficou com o c* na mão, morrendo de medo de enfrentar Fernando Haddad nos debates – e dá-lhe atestados médicos para justificar sua “fuga”, decorrentes de uma providencial facada (de fato, aquela faca-fake deve ter sido uma intervenção divina destinada a impedir os telespectadores de perceberem o pigmeu cognitivo e o retardado moral que é Jair Bolsonaro em comparação com aquele que foi Ministro da Educação do presidente Lula por 7 anos e que conquistou 47 milhões de votos nas urnas naquele mesmo 2018…).
Os Bolsonaristas posam de machões, odeiam estes ímpetos feminis, este chorôrô e este mimimi que consiste em lamentar vidas perdidas, mas no fundo são a encarnação da covardia. Não tem um pingo da coragem ética elementar que consiste em assumir a responsabilidade pelos nossos atos diante da coletividade. Vejam a arrogância insuportável de Bolsonaro, sua boca-de-esgoto vomitando atrocidades na certeza da impunidade: ele tem certeza de que é inimputável, está convicto de que agir com a máxima irresponsabilidade é o caminho para que nunca seja responsabilizado.
É a nova face da banalidade do mal – ao discurso do criminoso nazista Eichmann de que “eu só seguia ordens” (e “ordens são ordens”, como cantava ironicamente a Legião Urbana em “Metrópole), agora chegamos a este cúmulo da covardia: “eu não assumo responsabilidade nenhuma por nada que tenha acontecido de mal durante o meu governo!”
Os números da Johns Hopkins ou da WorldMeters sobre o Covid são importantes para dimensionar a magnitude das situações sanitárias diferenciais dos territórios e mostrar a extensão da catástrofe acarreta pela desgovernança Bolsofascista, recentemente eleita pelo rankeamento do Lowy Institute da Austrália como o pior do planeta (98º lugar, com nota 4 em um total de 100, pra quem gosta de números…). Mas há o risco de que “números frios não possam nos tocar”, como escreveu Bráulio Bessa musicado por Chico César. “Não são apenas números, são inumeráveis!”
O Anjo da História de Walter Benjamin olhava para o passado e via uma montanha de escombros se acumular e subir até o céu. Nós, no Brasil de 2020-2021, vemos a pilha de cadáveres subindo até alcançar as nuvens de fumaça da Amazônia em chamas. A tarefa que o tal do Anjo se colocava, enquanto um vento soprado do paraíso o impelia de costas no rumo do futuro, era acordar os mortos e reconstituir algum sentido e alguma coesão a partir da montanha de ruínas.
Acredito que nossa resistência humanitária contra a barbárie reinante passa hoje por um trabalho necessário com os mortos – não só no sentido mais literal e concreto possível, ou seja, para o evitar colapso funerário e contaminação de solo, alimentos e e lençol freático, como alertou Miguel Nicolelis, mas no sentido mais alegórico e metafórico, para evitar que o cortejo dos vencedores covardes tratem mortes evitáveis e vidas perdidas como se nada fossem (e “parem de mimimi”)
Esta é a nossa tarefa, de nós que queremos ser a resistência contra a barbárie e que por isto temos que ser os resolutos combatentes contra a civilização masculinista, teocrática, heteropatriarcal e necrocapitalista: não permitir que os mortos da covid19 sejam reduzidos a números, subsumidos a estatísticas, esquecidos por detrás de uma enxurrada de dados – não podemos ser “frios e calculistas”, mas devemos, como fez Chico César em sua interpretação da canção de Braulio Bessa, cantá-los e comover os sobreviventes a relembrá-los. Os crimes de Bolsonaro não serão esquecidos desde que sigamos pondo lenha na memória destes inumeráveis, transformando-os, na medida dos nossos possíveis, em inesquecíveis.
Esta resistência que resiste a permitir o esquecimento das vidas perdidas, ou a minimização da magnitude das perdas, passa também por uma das coragens mais difíceis e esquivas, uma coragem de que talvez não sejamos psiquicamente capazes em meio aos desafios extremos que a conjuntura pandêmica coloca à nossa saúde mental: a coragem da empatia radical. Ser solidário com o outro implica ir com ele aos cumes do desespero, sentir o que ele está sentindo em seus piores momentos e enquanto atravessa as crises mais extremas.
Devemos evitar transformar as vidas em carne-e-osso, que agonizaram sem conseguir leitos de UTI, que não puderam mais respirar por falta de oxigênio, em números descarnados, com os quais poderíamos lidar de maneira fria e calculista, limpando de afetos incômodos a nossa consideração do problema. Negar a extensão do sofrimento dos doentes pois ainda estamos sadios também consiste num modo comum de negacionismo. A psiquê humana, é natural, é avessa a imaginar a experiência subjetiva, as dores físicas e os tormentos psíquicos de cada uma dessas pessoas que agonizaram sem volta e morreram de covid.
Há uma solidão quase impenetrável na experiência subjetiva daqueles que morreram, distantes de familiares e amigos, testemunhados em seus últimos suspiros por médicos e enfermeiros, e quase ninguém deseja fazer a experiência de empatia radical quando esta consiste em tentar compreender e sentir as sensações de “afogar no seco” que o colapso respiratório covídico implica para suas vítimas.
É mais fácil colocar entre nós e as vítimas, agonizando em sua asfixia, vítimas da negligência criminosa do Estado bolsonarista, o anteparo dos números. É mais cômodo não empatizar e assim tentar manter, na medida do possível, o alto-astral, o gosto de viver, alguma espécie de narcisismo salutar: “ainda bem que não aconteceu comigo, e não vou ficar sofrendo pelos outros!” A questão é: não estaremos assim colaborando com o opressor e seu desejo de apagar os rastros de destruição, não estaremos assim fazer o jogo daqueles que produziram esta carnificina? Aqueles que morreram a contragosto, ceifados da vida nesta pandemia, não merecem de nós que nos esforcemos por lembrá-los, em suas carnalidades e biografias, em suas singularidades e em seus sofrimentos? Ao invés de serem relegados ao escuro silêncio de túmulos onde a justiça apodrece junto com os cadáveres, enquanto os perpetradores do morticínio seguem empoderados?
Sobre o tema, Emil Cioran escreveu, no “Breviário de Decomposição”, as palavras mais fortes que conheço, um autêntico tratado de psicologia humana que indica a dificuldade extrema deste tipo de empatia que envolve um compadecimento de que somos, em larga medida, psiquicamente incapazes – pois, se fôssemos de fato radicalmente compassivos, o sofrimento do mundo, invadindo os estreitos limites da nossa subjetividade, perigaria nos explodir por dentro por excesso de dor:
“Quem chegasse, por uma imaginação transbordante de piedade, a registrar todos os sofrimentos, a ser contemporâneo de todas as penas e de todas as angústias de um instante qualquer, esse – supondo que tal ser pudesse existir – seria um monstro de amor e a maior vítima da história do sentimento. Mas é inútil imaginarmos tal impossibilidade. Basta-nos proceder ao exame de nós mesmos, praticar a arqueologia de nossos temores. Se avançamos no suplício dos dias, é porque nada detém esta marcha, exceto nossas dores; as dos outros nos parecem explicáveis e suscetíveis de ser superadas: acreditamos que sofrem porque não têm suficiente vontade, coragem ou lucidez. Cada sofrimento, salvo o nosso, nos parece legítimo ou ridiculamente inteligível; sem o que, o luto seria a única constante na versatilidade de nossos sentimentos. Mas só estamos de luto por nós mesmos. Se pudéssemos compreender e amar a infinidade de agonias que se arrastam em torno de nós, todas as vidas que são mortes ocultas, precisaríamos de tantos corações quanto os seres que sofrem. E se tivéssemos uma memória milagrosamente atual que conservasse presente a totalidade de nossas penas passadas, sucumbiríamos sob tal fardo. A vida só é possível pelas deficiências de nossa imaginação e de nossa memória.” — CIORAN, ‘Breviário de Decomposição’
Jair Bolsonaro é certamente um retardado moral, além de um deficiente cognitivo, mas talvez nisto esteja boa parte de seu poder de sedução de massas: ele libera os piores demônios de nossa natureza, convida a pensar que se pode ser rico e poderoso jogando no lixo quaisquer escrúpulos, estende a nós atração de uma irresponsabilidade que estamos sempre prontos a acatar. Pois aceitar a responsabilidade é um fardo, faz com que viajar pela vida seja mais difícil, como um viajante que leva bagagem mais pesada: seus valores, seus princípios e a reiterada necessidade de refletir, diante das encruzilhadas, sobre quais as decisões mais sábias.
Jair Bolsonaro cospe em tudo isto. Se houvesse possibilidade de aplicar um exame de ética e quantificar a virtude em uma nota, ele estaria muito próximo de tirar um zero. O problema com isto também está na tendência que temos, nós que o repudiamos e resistimos à sua nefasta influência, a nos sentirmos moralmente superiores a ele – o que não deixa de ser verdade, mas que pode conduzir a algo grave, a satisfação com uma vitória meramente moral. Não podemos nos contentar com uma vitória moral sobre este retardado ético que tem se mostrado uma das pessoas mais nefastas do século. Nossa vitória precisa ser política e não ocorrerá sem a empatia radical fundamentando nossa solidariedade social.
E parte da solução para a superação da lamentável “captura de massas” que sua insensibilidade produziu está numa radical re-sensibilização: a empatia radical é um afeto revolucionário. Mas a revolução não é nenhum picnic. Ouso pedir: tenham a coragem de sofrer com os outros, de chorar pelos mortos e doentes, de partilhar angústias e revoltas, de nunca fingir que está tudo bem! Tenham a coragem de sempre repudiar aqueles que querem transformar uma tragédia brutal tão lamentável como esta, tão digna de choro e de rebeldia, em apenas frescura e mimimi. O luto e a luta não são impossíveis de conjugar. A indiferença ao sofrimento alheio e a capacidade de revolucionar o sistema social que produz este sofrimento são sim inarmonizáveis e nunca conjugáveis. Faremos uma revolução, se a fizermos, com lágrimas nos olhos e a indignação aflita queimando nos nossos coração – sendo os aliados dos mortos inumeráveis, que precisamos transformar também em inesquecíveis, e que, como alertou Walter Benjamin, “não estarão em segurança se o inimigo vencer”:
“O dom de despertar no passado as centelhas da esperança é privilégio exclusivo do historiador convencido de que também os mortos não estarão em segurança se o inimigo vencer. E esse inimigo não tem cessado de vencer.” (BENJAMIN, 6ª Tese Sobre o Conceito de História)
Eduardo Carli de Moraes
13 de Março de 2021
www.acasadevidro.com/inumeraveis
BENJAMIN, Walter. Teses sobre o Conceito de História.
BESSA, Bráulio; CÉSAR, Chico. Inumeráveis. Poema, canção e materiais audiovisuais derivados.
CIORAN, Emil. Breviário de Decomposição.
SAFATLE, Vladimir. Entrevista à Agência Pública.
SOLNIT, Rebecca. Os Homens Explicam Tudo Para Mim.
Publicado em: 13/03/21
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
Obrigado, Che, por nos inspirar a seguir lutando! O genocída teme as ruas. A vacina nos devolverá a forca, a revolução será nossa comissão da verdade… #EfeitoLula
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Renato Costa
Comentou em 13/03/21