O desgoverno fascista, necropolítico e caquistocrático do Coiso e seus milicos inaugura uma sinistra tendência que podemos chamar de GENOCÍDIO POR DESINFORMAÇÃO (delito do qual o governo yankee de Donald “Desinfetante” Trump também é culpado). Esta é uma temática urgente diante da iminência do processo eleitoral de 2022, onde as redes serão um campo de batalha de alto impacto, e é explorada a fundo na edição #178 do Le Monde Diplomatique, com genial capa do CrisVector.
Quanto mais estudo e investigo – indo além do extremamente pertinente estudo publicado pela ONG Conectas e pela Faculdade de Saúde Pública da USP, sob supervisão da Deisy Ventura, e divulgado em El País pela Eliane Brum -, mais convicto fico de que Bolsonaro de fato executou uma “estratégia institucional de propagação do coronavírus”, baseado na tese da imunidade de rebanho a ser atingida com a contaminação em massa. A tese era que assim se salvaria a economia, apesar do sacrifício de dezenas de milhares de vidas – o que vemos agora é que a economia se encontra aos frangalhos e já contabilizamos quase 700.000 vítimas da aliança entre bolsonarismo e coronavírus no necrotério em que eles lograram transformar o Brasil. Não salvaram nem vidas, nem economia, e só conseguiram transformar nosso território em uma terra devastada.
Foi com uma overdose de desinformação – propagação de propaganda enganosa sobre cloroquina, ataque às medidas de lockdown e ao uso de máscaras e distanciamento social etc. – que EUA e Brasil conseguiram, juntos, produzir esta hecatombe de mortandade em massa com mais de 1 milhão e 700.000 vítimas nos dois países – compare-se a discrepância disto com os números de óbitos na China e no Vietnã, países que, como enfatizado por Brasil de Fato, “controlaram a covid com mais eficiência que os gigantes capitalistas.”
O mais triste e desolador de tudo é que crimes desta magnitude prosseguem impunes e que o genocida, ao invés de réu por crimes contra a humanidade em Haia, postula-se como candidato à re-eleição e boa parte do gado bestializado pelas fake news e do establishment comodista e acovardado vai achando normal uma candidatura com as mãos sujas do sangue de dezenas de milhares de mortes evitáveis causadas pela irresponsabilidade criminosa de Bozos, Pazuellos e cupinchas.
DESINFORMAÇÃO MATA! E não é aceitável que o nome do Capitão Cloroquina esteja nas urnas! Sobre o tema, também há indícios da delinquência vasta e impune do Bolsonarismo em sua gestão da pandemia de covid19 no artigo: “A DESINFORMAÇÃO É O PARASITA DO SÉCULO XXI”, de Boarini/Ferrari, publicado na revista ORGANICOM da ECA/USP: Desinformação e comunicação na sociedade contemporânea – v. 17 n. 34 (2020). Acesse: https://www.revistas.usp.br/organicom/issue/view/11904.
Em uma reportagem gráfica para a revista Piauí de Maio de 2022, a artista Carol Ito também chamou a atenção para outro fato sinistro da campanha de comunicação social capitaneada pelo genocida cloroquínico: em seus ataques à vacinação, o ocupante ilegal de presidência da república manifestou exacerbado preconceito contra a China, alinhado ao discurso Trumpista de um “perigo amarelo”. A máquina de desinformação do bolsonarismo propagou, em uníssono com a Casa Branca hackeada pelo mega-empresário e supremacista branco eleito em 2016, a noção de um “comunavírus” e uma memecracia culpabilizadora dos chineses, depois colocando em dúvida a segurança e eficácia da Coronavac, produzida em parceria pelo instituto Butantã e por um laboratório chinês:
Este ataque da Odiobrás bolsoxexelenta à China é ainda mais patética quando se considera com que excelência o país asiático enfrentou a crise sanitária: a Reuters apontava, em 23/05/2022, que apenas 5.223 mortes haviam sido registradas em território chinês desde o início da pandemia em um país que tem 1 bilhão e 400 milhões de habitantes. O Brasil, com sua população de 212 milhões, registra no mesmo “termômetro” 30.791.220 infecções e 665.627 mortes relacionadas ao coronavírus registradas no país desde o início da pandemia.
O desrespeito com os chineses é mais um sintoma da patologia bolsonarista: ao invés de aprender, com humildade, as lições de um país onde tanto o poder público quanto a sociedade civil organizada preferiram salvar vidas, o mitomaníaco tangedor-de-gado-humano preferiu o obscurantismo, o negacionismo e a desinformação. É chocante que crimes de responsabilidade tão graves, praticados de maneira recorrente em meses onde sua função pública foi exercida em prol de um atentado sistemático contra a saúde coletiva, não tenham gerado sanções e punições à altura, e que tantos de nós, bestializados pelas fake news e pela alienação capitalizada pelo extremismo direitista acabemos naturalizando o absurdo: um golpista, um genocida, um assassino-em-massa, pretende agora estar nas urnas e, em caso de derrota, pretende desferir um coup d’état fascista de consequências inauditas, todas elas envolvendo trevas e sangue. O que faremos, companheirada, diante das calamidades triunfais promovidas pelo presifake e seu séquito de dementes?
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Publicado em: 23/05/22
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
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