Por Renato Costa para A Casa de Vidro
A intenção de Jair Bolsonaro em matar pela Covid-19 foi comprovada, na última semana, pela mais creditada instituição científica brasileira, a Universidade de São Paulo (USP), em pesquisa realizada conjuntamente com a ONG Conectas Direitos Humanos.
A 10ª edição do Boletim Direitos na Pandemia [click e acesse todas as 10 edições], do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (Cepedisa), intitulada Mapeamento e análise das normas jurídicas de resposta à Covid-19 no Brasil, concluiu que uma estratégia institucional de propagação do Coronavírus foi “promovida pelo governo federal sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro”.
Vinda a público na quarta-feira, 21 de janeiro, com dados do ano de 2020, a publicação, disponível online, revelou, através da análise de 3.049 medidas do governo federal, que a presidência da república implementou uma estratégia deliberada de propagação do vírus SARS-Cov-2.
A doença respiratória que levou a óbito mais de 217 mil brasileiras e brasileiros e mais de duas milhões de pessoas no mundo foi, de fato, promovida com “empenho e eficiência” pela União, que almejava a “ampla disseminação do vírus no território nacional, com o objetivo de retomar a atividade econômica o mais rápido possível e a qualquer custo”.
A pesquisadora do Cepedisa e professora da Faculdade de Saúde Pública da USP, Deisy Ventura [leia a entrevista que ela concedeu a Eliane Brum em El País], chegou a outra conclusão muito relevante: a de que, das centenas de milhares de mortes no Brasil, a maioria seria evitável por meio de “investimentos adequados”. Pelo contrário, o que se viu foi uma “violação sem precedentes do direito à vida e do direito à saúde dos brasileiros, entre outros direitos”.
Para ela, seria urgente a abertura de inquéritos para se apurar judicialmente a “configuração de crimes contra a saúde pública, crimes de responsabilidade e crimes contra a humanidade durante a pandemia de Covid-19 no Brasil”.
A pesquisa se baseou em um levantamento que estabelece uma linha do tempo a partir de três eixos cronológicos: primeiro, os atos normativos da União, incluindo as edições de normas por parte de órgãos federais e os vetos presidenciais; em seguida, os atos de obstrução às medidas implementadas pelos governos estaduais e municipais e, por último, um eixo pautado pela “propaganda contra a saúde pública”, que inclui a linha política que:
“Mobiliza argumentos econômicos, ideológicos e morais, além de notícias falsas e informações técnicas sem comprovação científica, com o propósito de desacreditar as autoridades sanitárias, enfraquecer a adesão popular a recomendações de saúde baseadas em evidências científicas, e promover o ativismo político contra as medidas de saúde pública necessárias para conter o avanço da Covid-19.”
A inglória atividade do jornalismo de registrar cotidianamente os absurdos discursos de um governo ilegítimo, já que fruto do golpe de estado de 2016 – com a devida reverência ao maltratado Diário Oficial – é legitimada ao servir de base para conclusões sistemáticas como estas. O mapeamento e análise das normas jurídicas de resposta à Covid-19 no Brasil estabelece rigorosamente a sequência de pronunciamentos e medidas que “enfraqueciam as políticas públicas de saúde voltadas à proteção e ao combate à pandemia”. Os dados são provenientes, também, da base de dados do projeto Direitos na Pandemia, jurisprudência dos tribunais, documentos e buscas online.
Destacados entre as ações do governo federal que implementaram a estratégia de propagação estão os sucessivos decretos que buscaram ampliar ao máximo a definição de atividades essenciais durante o lockdown. Atividades religiosas de qualquer natureza, salões de beleza e barbearias, academias de ginásticas ou de qualquer outra modalidade esportiva, foram consideradas indispensáveis diante da catástrofe anunciada. Apesar de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), determinando que estados e municípios teriam autonomia para definir quais atividades seriam essenciais, quase metade dos governadores adotaram a ampliação do critério promovida pelo governo federal.
Outras medidas que atestam a intenção de matar, com vistas a um suposto efeito de imunização coletiva, foram:
“Isenção de agentes públicos de serem responsabilizados, civil e administrativamente, por atos e omissões no enfrentamento à pandemia; veto do recebimento do auxílio emergencial de 600 reais mensais a categorias como pescadores, taxistas, motoristas de aplicativo, etc; não-repasse de mais de 8 milhões de reais destinados ao combate à pandemia a estados e municípios; incitação à invasão de hospitais de campanha; atrase e boicote no fornecimento de dados sobre casos e óbitos; veto à obrigatoriedade do uso de máscaras em comércios, indústrias e templos religiosos; veto a medidas de proteção à comunidades indígenas.”
Acrescente-se a divulgação de medicamentos ineficientes e com efeitos adversos graves como “tratamento precoce”, inclusive por aplicativo oficial e contas em redes sociais do Ministério da Saúde, segundo o ex-ministro Mandetta, com o único intuito de reabrir a economia; a recusa em atender proposta da farmacêutica Pfizer, que permitiria que a vacinação se iniciasse em 20 de dezembro de 2020, para favorecer o lobby da Astra Zeneca que ajudou a eleger Jair Bolsonaro; a rejeição de ao menos 20 mil kits de teste PCR da empresa LG Internacional; e inúmeros outros crimes ainda a serem julgados.
Se o Tribunal Penal Internacional (TPI), conhecido como Tribunal de Haia, ao receber a denúncia encaminhada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), aceitou a abertura do processo de inquérito contra Bolsonaro e aguardava indícios de intencionalidade para atestar o dolo que caracteriza os crimes contra a humanidade, a USP e a Conectas certamente poderão fornecer as bases jurídicas para comprovar internacionalmente o flagrante genocídio ao qual está submetido o povo brasileiro.
GENOCÍDIO PANDÊMICO – Pesquisa atesta estratégia de propagação da Covid-19 por parte do governo Bolsonaro. Por Renato Costa para @acasadevidro - sobre boletim @conectas e @usponline reverberado por @brumelianebrum em @elpais_brasil: https://t.co/QlvSIcQZ8Z
— A Casa de Vidro (@acasadevidro) January 27, 2021
Publicado em: 27/01/21
De autoria: Renato Costa
E ainda temos de viver de mentiras políticas, no nosso dia a dia. A saber:
PT© é vigarista e aderente ao picaretismo.
Vive de ótimos e CALCULADOS mitos propagandísticos.
O PT Vive de lavagem-cerebral.
Trazendo a mente algo bem recente na política. Observe:
Com a “Copa das Copas®” do PT® em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis! A Copa das Copas®, do PT© e de lula©.
O tal de: “me engana que eu compro”. PT® e PCdoB® são o Kitsch políticos. Bregas e barangos. Nivelam tudo por baixo. A arte, a cultura e a educação. Sobretudo a educação dos curumins e gurias de todo o Brasil.
É inacreditável a atitude da “cidadã-de-bem”: um Genocídio Documentado, mais de 200.000 mortos na pandemia, um escândalo internacional de direitos humanos, fake news da cloroquina superfaturada, necropolítica fascista a todo gás, o país de volta ao Mapa da Fome, o povo sem auxílio emergencial e sem emprego, e a pessoa fica tacando pedras no PT como um papagaio adestrado.
Digno de espanto, se bem que vulgaríssimo, e tão doloroso quanto
impressionante, é ver milhões de homens a servir, miseravelmente
curvados ao peso do jugo, esmagados não por uma força muito grande, hercúlea,
mas aparentemente dominados e encantados apenas pelo nome de um só
homem [lula] cujo poder não deveria assustá-los, visto que é um só (lula –, o vigarista apedeuta).
O PT é cafona e barango.
O que é sustentável para o Brasil:
educação de alto nível. Alta cultura.
O que o Brasil precisa: Escolas boas e hospitais. O resto deixa que o povo faz.
E atenção, jamais votem em Partido Cafona e Kitsch: a saber, o Partido dos Trabalhadores®, PT®. Vigarista.
TODO petista, sem exceção, rumina DIRETO, uma vez que são GADO da medíocre dilma© e do aPedeuTa e ignorante lula®, — o vigarista.
Em vez de se construir hospitais, durante a “Copa das Copas©” (do PT®) construiu se prédios inúteis.
A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia
Martha Hirsch Aulete
Comentou em 28/01/21