De fato, “o futuro não é mais como era antigamente”, como cantou a Legião Urbana. Nossos horizontes temporais estão sendo radicalmente transformados pelo frenesi contemporâneo que nos espreme entre o último tuíte e o próximo deadline: neste mundo imediatista, repleto de presenças evanescentes e famas que duram 15 segundos no Insta ou no TikTok, a
Publicado em: 29/04/22Por Eduardo Carli de Moraes RESUMO: Neste trabalho na área da filosofia da educação, exploramos a inconclusão como fenômeno que se encontra na raiz da educação, apontando pontes possíveis entre as concepções de Freire e Vygotsky sobre infância, desenvolvimento,...
Publicado em: 12/10/23CAPÍTULO 3 DE “TEMPO: COMPOSITOR DE DESTINOS” Por Eduardo Carli de Moraes LEIA O CAP. 1 – Morando nas mandíbulas do crocodilo LEIA O CAP. 2 – Um urubu pousou em minha sorte Pintura de abertura: J. William Waterhouse...
Publicado em: 20/08/22Por Eduardo Carli de Moraes Artigo apresentado como trabalho final na disciplina “Percepção, tempo e memória: um estudo sobre o pensamento demonstrativo”, dos professores Marcos Rosa (UERJ) e Guilherme Ghisoni da Silva (UFG), Semestre 2021.2, no Doutorado em Filosofia...
Publicado em: 04/06/22“Do not go gentle into that good nightRage, rage against the dying of the light” DYLAN THOMAS Não: descer quieto ao túmulo, não posso! Me enlaçou desde cedo esta angústia, esta previsão da podridão, este antecipar imaginariamente o futuro fatal… eu, então, estou destinado a ser comido por outros bichos, ser posto debaixo da terra
Publicado em: 21/02/12“É moda ultimamente afirmar que a Terra não é um corpo excepcional dentre as esferas que perfazem a máquina celeste. Dada a enorme quantidade de bolas que giram por aí, deve haver pelo menos umas poucas muito semelhantes à Terra. Este é o argumento aparentemente razoável. Trata-se de uma nova forma de articular um problema
Publicado em: 17/01/12“Talvez pudéssemos dizer que a idéia de progresso está em antagonismo com a idéia religiosa e que, se uma foi por muito tempo sufocada, é porque a outra foi por muito tempo dominante. Acreditar no progresso é acreditar na inferioridade do passado em relação ao futuro… A maior parte das religiões, ao contrário, coloca na
Publicado em: 13/01/12Abaixo as fantasias febris da função fabulatriz! Publicada em 1844, a obra O Único e sua Propriedade, dinamite em formato de livro do provocador filosófico Max Stirner, causou “grande alvoroço” na Alemanha de seu tempo: “Por sua radicalidade anarquista individualista foi rejeitado oficialmente como escandaloso ou absurdo pelo meio filosófico acadêmico” (SAFRANSKI: 113). Apesar de
Publicado em: 24/12/11RIOS DE ABSURDO ESCORREM DOS PÚLPITOSpor Christopher Hitchens “…a religião não se satisfaz com suas próprias alegações maravilhosas e garantias sublimes. Ela precisa tentar intervir na vida dos não-crentes, dos hereges ou dos que professam outras crenças. Ela pode falar sobre a bem-aventurança do próximo mundo, mas quer o poder neste. Uma semana antes dos acontecimentos do
Publicado em: 19/12/11“Pobreza não é desonra”. Muito bem. No entanto desonram os pobres. Fazem isso e o consolam com o provérbio. Este é daqueles que antigamente se podiam admitir como válidos, mas cuja data de vencimento já chegou há muito tempo. Da mesma forma como aquele brutal “Quem não trabalha não come”. Quando havia trabalho que alimentava
Publicado em: 04/11/11“O homem não tem uma natureza humana definitiva, não é uma criatura terminada, mas uma aventura da qual pode ser em parte o criador.” ALBERT CAMUS. O Homem Revoltado. Eu, tornar-me o co-criador de mim mesmo? Que tarefa pesada, e que responsabilidade! Mas que frêmito de aventura, que brisa de risco causando arrepios de excitação! Que noite
Publicado em: 02/10/11“Neste grande templo abandonado pelos deuses,todos os meus ídolos têm pés de barro.” ALBERT CAMUS (Núpcias) Pergunta-me às vezes o Trêmulo Crente, cheio de pavores e esperanças, qual o resultado da descrença: como é que sente o mundo aquele que fez a fé em pedaços e prosseguiu sua caminhada sobre o pó dos deuses. Respondo-lhe,
Publicado em: 18/07/11\\\trechos de A CONDIÇÃO HUMANA, de HANNAH ARENDT, que mais curti.\\\(ed. Forense Universitária, 10ª Ed.) “A negação do mundo como fenômeno político só é possível à base da premissa de que o mundo não durará; mas, à base de tal premissa, é quase inevitável que essa negação venha, de uma forma ou de outra, a
Publicado em: 06/04/11É em nossas conversas mais animadas, e não nos raciocínios formais das escolas, que pode ser encontrada a verdadeira sabedoria. É nas relações entre amigos, e não nos debates vazios dos estadistas e pretensos patriotas, que se revela a verdadeira virtude. Esquecidos do passado, seguros do futuro, gozemos aqui mesmo o presente. Enquanto ainda
Publicado em: 02/12/10A Casa de Vidro Ponto de Cultura e Centro de Mídia