Bruna Miguel apresenta Noite Oclam no Prosperidade – Shows: F. Carolina e Constantino – 11/04/2025
Bruna Miguel Ọ̀pẹ̀ conversou com Eduardo Carli nesta Quinta (10/04/2025) durante a sexta edição do Oclam nas Casas e vocês podem conferir em https://youtu.be/XQe1Ee_A7EI (8min44s) o plano sequência completo deste bate-papo com uma das guardiãs-da-chama da OCLAM – Organização de Compositores, Letristas e Artistas da Música:
“Hoje a gente tem a alegria de ser recebido pelo Prosperidade Cultural aqui no Beco da Codorna, salve o Bulacha!”, celebrou Bruna. “O evento Oclam nas Casas vem de uma trajetória, fizemos no Tau Bar, fizemos n’ A Casa de Vidro Ponto de Cultura, e hoje a gente está fazendo pela primeira vez aqui no Beco, os artistas estão super animados, e nesta noite a gente apresenta no palco Oclam os shows da Flávia Carolina e do Pedro Constantino.
O Pedro abre o evento, há pouco tempo lançou seu primeiro trabalho autoral, uma EP de autoria dele, em parceria com a Bárbara Christófalo, que cantou no disco dele também (ouça: https://open.spotify.com/intl-pt/album/1wTSttNhAchp1W6TUx7YS2?si=oGFS7LU0Q6qmIxkaBbXB8A), e está aqui hoje apresentando várias músicas inéditas, está com parcerias potentes, vem se destacando na cena, e é integrante da Oclam antigo, né, desde os primórdios.
Já a Flávia Carolina (Ave Eva, Cocada Coral) é uma grandíssima compositora que está fazendo hoje seu segundo show exclusivamente autoral, já é bastante conhecida como cantora, como intérprete, trabalha na noite da cidade cantando há muito tempo, e é uma honra para a Oclam ’tá recebendo esses shows hoje, com uma banda de apoio linda composta por Pompílio, Ícaro e Douglas Sá.”
“A gente tem feito os encontros quinzenalmente aqui no Prosperidade, às segundas-feiras. E estamos na expectativa aí de uma Mostra muito linda para esse ano de 2025. Em 2023 a gente fez uma Mostra e contamos com mais de 31 artistas, em 2024 também [rolou uma Mostra] com 21 artistas (assista: https://www.youtube.com/watch?v=hNNkl-XeZbg&t=3589s&pp=ygUMTW9zdHJhIE9DTEFN). E esse ano acho que a gente vem quente aí, no segundo semestre, estamos nos preparando para isso.”
Carli pergunta: “Massa, e os artistas que estão acompanhando esse movimento da Oclam e querem se ‘aproxegar” e querem participar mais, mas ainda não tiveram essa coragem nem de vir num evento e nem de participar dos encontros, o que você diria para essa galera que é cancionista, mas que está engavetando, que está um pouco relutante de entregar ao outro em praça pública? Você que também compõe canções, qualé a importância de vir à praça pública para mostrar uma canção aos outros?”
Bruna responde: “Eu diria, venham, só venham, não fiquem tímidos, não guardem o tesouro de vocês, só para vocês, compartilhem. Tem sido um movimento que ao longo desses dois anos foi muito importante para muitos artistas iniciantes, a gente tem gente de todos os níveis na sua carreira, de todos os tempos, gente com carreiras longas, consolidadas, gente que está querendo se interar mais desse movimento, e eu diria venha, venha aprender, venha compartilhar, venha ouvir o que as pessoas acham da sua canção, às vezes você acha que a sua canção está muito assim ou assado, e é no coletivo que a gente consegue ter noção de onde a gente está, onde a gente quer chegar. É na troca que a gente aprimora o nosso trabalho. E só venha. Esse é o movimento que é para isso, é para os artistas da cidade, é para movimentar a composição na cidade. A gente tem muitos artistas incríveis e que, às vezes, se consideram muito pouco diante do que o trabalho deles expressa.”
Carli pergunta: “Minha última pergunta é sobre a integração das artes ou das linguagens artísticas. Porque a Oclam é um movimento cultural musical, mas também a gente vê num evento como esse aqui, que está na praça pública mais grafitada da capital, que tem uma exposição de artes gráficas do Highlander. Alguns dias atrás esse beco estava com Brota na Base, evento que botou aqui um telão de cinema. Então, como você vê também essa cena cultural goianiense, se ela está conseguindo acessar um local de integração das artes, de tornar híbridas as linguagens?”
Bruna Miguel responde: “Eu acho que sim, que nós estamos num momento muito interessante, de muita expressividade, e que esse diálogo tem sido muito frutífero para todos os que estão conseguindo trocar. A maioria dos artistas compositores que a Oclam recebe tem também outras habilidades. Então muitos deles são artistas visuais, desenham, fazem mil outras coisas e ter recebido o Highlander nos últimos encontros para fazer esse registro vivo da cena tem sido muito incrível. Acho que todo mundo se beneficia, as artes se apoiam, quando elas se apoiam elas se inspiram mutuamente. E a gente da Oclam fica muito feliz quando colam pessoas de outras esferas. Tem muitos poetas que vêm, inclusive. Alguns poetas nesse meio do caminho já se descobriram compositores ou fizeram parcerias com instrumentistas, com compositores de música instrumental, que nunca se viram como cancionistas, mas chega aqui e encontra um poeta e fala, ué, esse texto eu tenho a melodia para ele, ou o contrário, essa melodia sua aí eu tenho o texto. Então, acho que é muito importante que isso aconteça também, porque abre a visão das pessoas para outras formas de se expressar e para outros dizeres, outras maneiras de contar as mesmas coisas. E é isso.”
“Massa, os shows estão começando, e aí como um cineasta que adora um plano sequência, eu vou te pedir para ir andando até o palco e apresentar para os nossos espectadores o que está acontecendo no Beco da Codona nessa noite”, convida Carli.
Bruna: “Bóra! a gente está terminando de passar o som, os músicos estão terminando essa preparação inicial para a gente começar. E a gente já conta com a casa cheia, para a nossa alegria, mas pode ficar mais, quem estiver chegando, chega mais!”
“E os grafites”, nota Carli, “gritam suas poesias, né? Gritam suas poesias: ‘tudo começa no sonho’, e por aí vai…”
C’EST FINI, mas… Saiba mais na playlist do canal d’A Casa de Vidro: https://www.youtube.com/watch?v=gxG15Y_DVPg&list=PLatC4gvi1ec_qk018stJA8k0dLKn7ALK_
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Publicado em: 15/04/25
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
