“A própria falta de sentido da vida força o homem a criar seu próprio sentido. As crianças, claro, começam a vida com uma sensação imaculada de admiração, uma capacidade de experimentar alegria total em algo tão simples como o verde de uma folha; mas à medida que envelhecem, a consciência da morte e da decadência começam a invadir sua consciência e sutilmente erodir sua joie de vivre, seu idealismo e sua suposição de imortalidade. À medida que uma criança amadurece, ela vê morte e dor por toda parte ao seu redor, e começa a perder a fé na bondade final do homem. Mas, se for razoavelmente forte – e sortudo – pode emergir deste crepúsculo da alma para um renascimento do élan da vida. Tanto por causa como apesar de sua consciência da falta de sentido da vida, ele pode forjar um novo senso de propósito e afirmação. Ele pode não recapturar o mesmo puro senso de maravilha com o qual nasceu, mas pode moldar algo muito mais duradouro e sustentável. O fato mais assustador sobre o universo não é que seja hostil, mas indiferente; mas se pudermos chegar a um acordo com esta indiferença e aceitar os desafios da vida dentro dos limites da morte – por mais mutável que o homem seja capaz de torná-los – nossa existência como uma espécie pode ter significado e realização genuínos. Por mais vasta que seja a escuridão, devemos fornecer nossa própria luz.” – Stanley Kubrick
(“The very meaninglessness of life forces man to create his own meaning. Children, of course, begin life with an untarnished sense of wonder, a capacity to experience total joy at something as nsimple as the greenness of a leaf; but as they grow older, the awareness of death and decay begins to impinge on their consciousness and subtly erode their joie de vivre, their idealism – and their assumption of immortality. As a child matures, he sees death and pain everywhere about him, and begins to lose faith in the ultimate goodness of man. But, if he’s reasonably strong – and lucky
– he can emerge from this twilight of the soul into a rebirth of life’s elan. Both because of and in spite of his awareness of the meaninglessness of life, he can forge a fresh sense of purpose and affirmation. He may not recapture the same pure sense of wonder he was born with, but he can shape something far more enduring and sustaining. The most terrifying fact about the universe is not that it is hostile but that it is indifferent; but if we can come to terms with this indifference and accept the challenges of life within the boundaries of death – however mutable man may be able to make them – our existence as a species can have genuine meaning and fulfillment. However vast the darkness, we must supply our own light.“)
Publicado em: 12/10/20
De autoria: Eduardo Carli de Moraes
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