Foram três fortes Tsunamis de Cidadania que, nestes últimos tempos, insuflaram ânimo a todos aqueles engajados na construção coletiva de um menos injusto e opressivo. O primeiro tsunami, em 15 de Maio, levantou altas ondas de indignação contra os 5 bilhões e 700 milhões de reais cortados da Rede Ferderal Educação, como anunciado pelo ministro Weintraub (MEC) em já antológica transmissão em que tentou acalmar o furacão a base de chocolatinhos e de percentagens enganosas.
Após tesourarem 30% das verbas discricionárias do Ministério da Educação, o Ministro e seu patrão Bozo tentaram nos convencer a ficarmos apáticos, de bunda sentada no sofá, babando diante de Globos, Ratinhos e outras ratazanas – dizendo que só protestariam os “idiotas úteis” alimentados pelos petralhas com mortadela. Mas fracassou a conclamação dos brucutus a que fôssemos obedientes e bom-comportados, aceitando bovinamente a brutal subtração de nosso direito coletivo à educação pública de qualidade. Fomos às ruas, num levante histórico, demandando: “Tira a Mão do meu IF!”, bradando: “Quero estudar pra ser inteligente / Porque de burro já basta o presidente!”, dentre outras erupções de rebeldia coordenada.
Em 30 de Maio o #TsunamiDaEducação voltou às ruas de mais de 200 cidades pelo Brasil, num segundo tsunami de democracia de alta intensidade, reforçando a mensagem contra o Governo de Bolsonaro: “Nenhum Direito a Menos!” Através do #15M e do #30M, o movimento estudantil, somado à mobilização de professores e servidores técnico-administrativos, mostraram-se capazes de levantar-se na hora certa, em resistência contra o Desmonte dos Bens Públicos, marcando época nestas memoráveis Jornadas de Maio de 2019.
E assim, com este Maio caliente ainda em nossos retrovisores, foi que nos encaminhamos para o 14 de Junho, quando um mar de gente voltou a fluir pelas ruas e praças do Brasil em novas Aulas de Cidadania Ativa: era a Greve Geral contra a Reforma da Previdência e contra os cortes de investimento na Educação.
Foram manifestações em que não faltaram também críticas ao atual Ministro da Justiça, o Sr. Sergio DesMoronando: “o juiz era o bandido”, lia-se em um cartaz; “de herói a vilão”, proclamava outro cartaz que trazia estampadas as Duas Caras do malvadão de “Batman – Cavaleiro das Trevas”). Camisetas e faixas reiteravam a demanda por Lula Livre, com a exigência articulada coletivamente por “justiça de verdade” para o ex-presidente Lula, preso político ainda encarcerado em uma solitária da PF em Curitiba, apesar das acachapantes evidências de que foi vítima de um Tribunal de Exceção.
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Neste documentário produzido por A Casa de Vidro, acompanhe um pouco dos agitos que animaram o protesto nas ruas de Goiânia neste 14 de Junho. Vibre junto com os discursos de mulheres empoderadas que falam à rua (e ao filme): como Danny Cruz, da UJS – União da Juventude Socialista, além de presidenta da UEE GO, e Kátia Maria, que em 2018 foi a candidata ao Governo de Goiás pelo PT – Partido dos Trabalhadores. Flagre também um pouco da participação do Pedro Wilson, ex-prefeito de Goiânia, além de performances artísticas e batuqueiras por parte dos criativos cidadãos ativos que desfilaram pela urbe suas salutares rebeldias.
O curta-metragem é a 3ª parte da Trilogia Documental TSUNAMI DA BALBÚRDIA. Dê o play, aumente o volume, e boa viagem!
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Publicado em: 17/06/19
De autoria: casadevidro247
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