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HILDA HILST – Erupções poéticas de obscena lucidez

HILDA HILST (1930 – 2004) Por que me fiz poeta? Porque tu, morte, minha irmã, No instante, no centro de tudo o que vejo. Me fiz poeta Porque à minha volta Na humana idéia de um deus que não conheço A ti, morte, minha irmã, Te vejo. * *...

Publicado em: 08/03/17

“A vida só se dá pra quem se deu” – 100 anos atrás, nascia Vinícius de Moraes…

Há exatos 100 anos, em 19 de Outubro de 1913, nascia Vinícius de Moraes. Em homenagem ao mestre, compartilhamos um soneto, uma canção e um texto em prosa. Apreciem sem moderação! SONETO DE FIDELIDADE De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e...

Publicado em: 19/10/13

“O Poeta tem mania de comparecer aos próprios desencontros…” (Manoel de Barros) – Veja documentário completo

MANOEL DE BARROS – Poesia Completa (Ed. Leya – 496 pgs.) TRATADO GERAL DAS GRANDEZAS DO ÍNFIMO PARTE I – A DISFUNÇÃO Se diz que há na cabeça dos poetas um parafuso de a menos Sendo que o mais justo seria o de ter um parafuso trocado do que a...

Publicado em: 10/10/13

:: Quitanda de Quintana ::

Esta vida é uma estranha hospedaria, De onde se parte quase sempre às tontas, Pois nunca as nossas malas estão prontas, E a nossa conta nunca está em dia. * * * * INSCRIÇÃO PARA UMA LAREIRA  A vida é um incêndio: nela dançamos, salamandras mágicas Que importa restarem...

Publicado em: 21/11/12

“Escrever é estar no extremo de si mesmo, e quem está assim se exercendo nessa nudez, a mais nua que há, tem pudor de que outros vejam o que deve haver de esgar, de tiques, de gestos falhos, de pouco espetacular na torta visão de uma alma no pleno...

Publicado em: 31/03/12

Cecília Meireles: “não sou alegre nem triste: sou poeta”

Motivo Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, — não sei,...

Publicado em: 24/01/12

HILDA HILST: “contempla o teu viver que corre, escuta o teu ouro de dentro”

“Enquanto faço o verso, tu decerto vives. Trabalhas tua riqueza, e eu trabalho o sangue. Dirás que sangue é o não teres teu ouro E o poeta te diz: compra o teu tempo. Contempla o teu viver que corre, escuta O teu ouro de dentro. É outro o amarelo...

Publicado em: 17/10/11

O PÃO DIVIDIDO – Uma análise da poesia de José Paulo Paes

O PÃO DIVIDIDO A poética de José Paulo Paes – por Eduardo Carli de Moraes – POÉTICA Não sei palavras dúbias. Meu sermãoChama ao lobo verdugo e ao cordeiro irmão. Com duas mãos fraternas, cumplicioA ilha prometida à proa do navio. A posse é-me aventura sem sentido.Só compreendo o...

Publicado em: 21/06/10

:: A Pequena Revolução de Jacques Prévert ::

Há um poeta imóvel No meio da rua. Não é anjo bobo Que viva de brisa Nem é canibal Que coma carne crua. Não vende gravatas, Não prega sermão, Não teme o inferno, Não reclama o céu. É um poeta apenas, Sob seu chapéu. À sua volta, o trânsito...

Publicado em: 18/06/10

:: "nos sabemos de cor, rosto e relevos…" ::

Desenvolturas Nós nos queremos bem: ah que derrama, que hemorragia de sentimentos! Irmãos! Que almas transparentes temos! O chão nos foge sob os pés, tão leve. Podemos nos olhar pelos avessos que é tudo luz. O bem que nos queremos nos santifica até aos intestinos. Que vísceras de vidro!...

Publicado em: 14/05/10

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