“Deixa eu curtir essa alegria Antes que retorne o dia Em que eu volte a ser nada.” Leci Brandão Samba, é bom reafirmar o óbvio, não é sinônimo de alienação: não é a ração sonora para os que querem ignorar as verdades mais basilares da existência, os mais amargos...
“Caía a tarde feito um viadutoE um bêbado trajando lutoMe lembrou Carlitos A lua tal qual a dona do bordelPedia a cada estrela friaUm brilho de aluguel E nuvens lá no mata-borrão do céuChupavam manchas torturadasQue sufoco… louco! O bêbado com chapéu-cocoFazia irreverências milPra noite do BrasilMeu Brasil Que...
Como lava de um vulcão, entra agora em erupção a nova edição da coletânea Polifonia de Pindorama. Mensalmente, A Casa de Vidro seleciona e põe na roda uma caprichada seleção com 1 hora com um bocadinho do que de melhor tem rolado na música brasileira. Baixe já a 3ª...
VIDA DE ARTISTA de Itamar Assumpção (De Pretobras I, 1998) Na vida sou passageiro Eu sou também motorista Fui trocador, motorneiro Antes de ascensorista Tenho dom pra costureiro Para datiloscopista Com queda pra macumbeiro Talento pra adventista Agora sou mensageiro Além de pára-quedista Às vezes mezzo engenheiro Mezzo psicanalista Trejeito de...
Na coletânea de música brasileira deste mês (ouça a de Janeiro!), propiciamos mais uma travessia sonora por algumas pérolas de nossa música popular. Tem excelentes cantoras homenageando grandes compositores (Cássia Eller canta Chico Buarque, Clara Nunes manda um Paulinho da Viola). Tem Jackson do Pandeiro hibridizando os gêneros...
CLARA NUNES (1942-1983) “Um lamento triste sempre ecoou Desde que o índio guerreiro Foi pro cativeiro e de lá cantou. Negro entoou Um canto de revolta pelos ares no Quilombo dos Palmares, Onde se refugiou Fora a luta dos Inconfidentes pela quebra das correntes. Nada adiantou. E de guerra...
BLOCO DO EVOÉ – VOLUME 03 Uma compilação de música brasileira AUMENTE O VOLUME E BOA VIAGEM! 01. TIM MAIA, Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar) 02. CHICO BUARQUE, Apesar de Você 03. SERGIO SAMPAIO, Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua 04....
O regime brutal dos fardados já havia se instalado em 1964, mas no ano seguinte a censura feroz ainda não chegara às redações dos jornais. Em 1965, Nara Leão (1942-1989) concede uma entrevista em que, sem papas na língua, diz aos militares que entreguem de volta o poder aos civis. As manchetes...
“Capoeira! Cada rasteira que a vida dá… Capoeira! Escorreguei na ladeira E gostei da brincadeira Não quero parar… Capoeira! Mergulhei na cachoeira E deixei a choradeira Pro rio levar…” Do álbum “Silencia” (2014) Baixe a DISCOGRAFIA de Ceumar Visualizações da publicação: 530