O PÃO DIVIDIDO A poética de José Paulo Paes – por Eduardo Carli de Moraes – POÉTICA Não sei palavras dúbias. Meu sermãoChama ao lobo verdugo e ao cordeiro irmão. Com duas mãos fraternas, cumplicioA ilha prometida à proa do navio. A posse é-me aventura sem sentido.Só compreendo o...
:: UMA QUASE ELEGIA FÚNEBRE :: Decerto é mais sábio se rejubilar por ele ter vivido do que se entristecer por ter morrido. Mas quem consegue, frente ao desaparecimento de um ente querido, não sentir o buraco que ele deixa ao ir embora, concentrando-se só nas delícias e esmeraldas...
Há um poeta imóvel No meio da rua. Não é anjo bobo Que viva de brisa Nem é canibal Que coma carne crua. Não vende gravatas, Não prega sermão, Não teme o inferno, Não reclama o céu. É um poeta apenas, Sob seu chapéu. À sua volta, o trânsito...